Ele tentou fazer parte da turma dos homens de cor amarela e se parecer com eles. Freqüentar os mesmos clubes, comer da mesma comida, beber da mesma água. Caçou do modo como eles caçavam. Tentou até se relacionar com as mulheres de cor amarela. Resumindo tudo, o que ele intentou foi ver o mundo da forma como os homens de cor amarela enxergam. Ele tentou entendê-los.
Estranhou que a “turma” dos homens amarelos não era unida. Preocupou-lhe o modo de cada um, olhar para um lado diferente dos demais. E desconfiou ao ver que nunca se davam as costas.
A comida era porca e a bebida insalubre. Para eles, o mundo era somente uma oportunidade comercial. Caçavam cabeças que depois encolhiam e definiam a importância social de um homem pelo número de cabeças que possuía.
Os homens amarelos são os que comandam, estabelecem as regras – independente de o jogo já ter se iniciado, distribuem oportunidades e punições. São os reis do mundo! Outro homem que fosse prudente tentaria ficar ao lado dos homens amarelos. Ele foi além, tentou se passar por um deles. Mas, a tinta aguada o traiu. Sua verdadeira cor foi exposta. Descoberto – acusado pré julgado e morto.
Acontece que os homens amarelos temem que seus aposentos sejam invadidos por homens de cor diferente. Pregam a todos os aliados que homens de cor diferente da amarela são perversos, desumanos, pérfidos, ladrões... A prova disso é que estes anormais carregam um sangue diferente dos demais, de cor violeta.
Nesse dia de exemplo admirável, aproveitaram o corpo do invasor para demonstrar o perigo de homens que tinham o líquido sanguíneo de cor violeta.
Abriram o infeliz e jorrou o sangue... Vermelho como o de todos nós!
Me faz pensar...
ResponderExcluirSomos todos iguais(?!).
Beijos!
Sy