Vou me esquivando
Das balas vespas,
Que passam zunindo
Tentam me acertar.
Estou implorando
Vê se me erra
Dá-me um tempo
Para respirar
Só tem cobranças no meu e-mail
Tem mais cachorro que calcanhar
Só mais motivos pro meu saco cheio
Se eu explodir, vocês não vão gostar
Equilibrando-me
Vou derrapando
Sem soltar o osso
Sem pedir reforço
Quase surtando
Mais uma braçada
Desculpas manjadas
Eu vou usando
Trocando o corpo pela alma
A cigana mentiu sobre o meu Karma
Mas ninguém sai da vida sem morrer
E eu sempre soube o que tinha a perder.
Então no final o que vida me traz
É a justa medida de sal. Sangue e pá de cal. A inércia e o caos.
E no final o que vida cobra
É o suor do meu pão. É me manter são. É intentar comunhão.
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